sábado, 27 de dezembro de 2008

Sarau Poesia na Brasa

Dia 20 de Dezembro, último sarau do ano.
Noite de chuva começamos o sarau às 21h porque estávamos esperando o poeta Pedro Tostes que lançou seu livro “Descaminhar”, o Pedro estava trabalhando e veio direto do trampo, foi de imenso prazer pra nós, o poeta é muito bom, escreve coisas maravilhosas!
Sarau lotado! Mais uma vez vencemos a Tv, comungamos da palavra, ouvimos música e refletimos sobre todas as poesias recitadas, o ano novo chega com uma esperança, o sarau é resultado da melhora que todos querem e a cada sarau uma nova história se faz, novos poetas chegam e nos arrasa de tanta emoção e arte expressada, arte da nossa periferia. Daremos uma parada agora com as festas de fim de ano, mas ano que vem tem mais ... e como diz o nosso amigo Michel do Elo “pois a nossa luta continua mesmo até depois do fim”.

Um abraço de todos nós do Sarau da Brasa.
















Prêmio Cooperifa


Sarau da Brasa
Iniciamos nossos trabalhos sem ao menos saber se o sonho iria se tornar realidade, mas o sonho virou projeto, o projeto virou sarau, nossas emoções viraram poesia e a partir daí, as noites de sábado na Brasilândia já não são as mesmas. Foram treze encontros ao longo de seis meses, a cada encontro o sarau era presenteado com a presença de uma pessoa da periferia, que vinha chegando para sua somar cada um do seu jeito, éramos premiados com poesia de pessoas que até então nem sabiam que eram poetas. Porém no dia 5 de dezembro recebemos a noticia de que o Sarau Poesia na Brasa receberia o prêmio Cooperifa. Dividimos a noticia com a galera da brasa e no dia 17 de dezembro partimos para a zona sul sentido Bar do Zé Batidão. A Cooperifa parecia um ônibus lotado que estamos acostumas a pegar todos os dias, mas sim, era um prêmio literário, e o Sarau Poesia na Brasa chegou numa muvuca de 30 pessoas e mais uma vez derrubamos a lei da física que dia que dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Dentro do bar o calor humano era intenso, mas ninguém queria ficar longe do palco naquela festa. Logo encontramos os irmão do Elo-da-Corrente que também seriam premiados, o Michel deu a idéia que quando o Elo-da-Corrente fosse chamado, o Sarau Poesia na Brasa também colaria, e assim ficou combinado que receberíamos os dois prêmios juntos, pois afinal de contas estamos juntos na correria cotidiana e já nos tornamos o elo em brasa. Cento e vinte prêmios seriam entregues naquela noite a guerreiros e guerreiras que acreditam e trabalham pela construção de uma outra periferia, o primeiro prêmio foi entregue a dona Edith poeta da Cooperifa, uma senhora que emociona a todos quando recita e por ali também passaram vários atores anônimos da transformação periférica. Todos nós da Brasa que estávamos lá fomos receber o prêmio, daí que virou uma puta bagunça, não tínhamos nenhum discurso pra falar ou coisa do tipo, mas ta valendo, porque naquele momento éramos só emoção.
Vários são os prêmios entregue por esse país a fora, a artistas do teatro, da música, da literatura, do cinema, da fotografia, mas nunca ou quase nunca esses premiados são pessoas da periferia, mas também, os artistas da periferia trabalham pela libertação da periferia, e como iríamos ganhar prêmios das mãos dos opressores? Por isso fica a satisfação do Sarau Poesia na Brasa de ter recebido o prêmio das mãos daqueles que também estão nas trincheiras do lado da periferia e um muito obrigado a Cooperifa, e a toda a periferia pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido até agora, e que a elite trema.

PROJETO ESPREMEDOR, MAIS UM GRITO A RESISTÊNCIA !!!

Dia 14 de dezembro, Casa de Cultura Salvador Ligabue, Largo da Matriz, Freguesia do Ó, fomos convidados a participar de um projeto que até então desconheciamos suas intenções, acabou que foi mais um dia de alegria, desta vez deixamos nossa casa o "Bar do Cardoso" e fomos para um lugar que deveria ser nosso, que nós deveriamos estar ocupando, que não propõe atividades culturais para nossa periferia e pelo contrário espera nossos projetos prontos para exibirem em seu espaço, a Casa de cultura, porém a Brasa juntamente com a galera do Elo chegou, chegando, dominamos o lugar.
Os parceiros Clayton, Camila e Gordo, que fazem parte do Projeto Espremedor, já tinham tudo pronto, uma organização impecável, começamos o evento que reunia o Sarau Poesia na Brasa e Grupo Maná de Teatro experimental, com um bate papo sobre o movimento literário que vem minando nas periferias e outras formas de arte vinda dos guetos, os irmãos do Sarau Elo da Corrente de Pirituba iniciaram a conversa, onde todos os presentes puderam expor seus pontos de vista, apresentar idéias, comentar frustações e indignações, após uma hora e meia aproximadamente de conversa, começamos o sarau, que de diferente teve só o ambiente, os sentimentos dos poetas continuavam os mesmos, a raiva, o amor, o ódio e angústia continuavam presentes em seus textos.
Às 19:30 horas o sarau acabou e deu espaço para o teatro, que trazia a peça "Sombras, quanto tempo você sobreviveria na escuridão" peça essa apresentada por atores periféricos, que ajudaram a transformar aquele domingo, em um encontro festivo da periferia bem no centro do picadeiro da Freguesia. Fica aqui o nosso parabéns e muito obrigado para a galera do Projeto Espremedor, estamos junto na correria, Abraços.

A GALERA DO PROJETO ESPREMEDOR

BATE PAPO

OS TAMBORES DANDO INÍCIO AO SARAU

CENAS DA PEÇA, MAYLA E ELAINE

GISELE, NENO E VANIA

PRISCILA, SAMANTA E MAYLA

GISELE E SIDNEI

A GALERA TODA

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008


12° Sarau Poesia na Brasa de 2008

No dia 06 de dezembro, uma inspirada noite de sábado, rolou a penúltima edição do Sarau Poesia na Brasa de 2008. Apesar de todas as 12 edições ocorridas até agora terem sido muito especiais, esta teve uma gostosura melhor. Gostosura sim por que desde o início podíamos sentir em nossos paladares um sabor agradável e inexplicável... Acontece que no mesmo dia, logo de manhã, fomos avisados pelos irmãos do Sarau Elo da Corrente de que havíamos sido homenageados com o Prêmio Sancho Pança “Aprendiz de Sonhador” oferecido pela Cooperifa (que promove um dos mais tradicionais saraus da periferia desta cidade injusta) às pessoas e grupos que se destacaram com iniciativas culturais e sociais que promovem na e em favor da periferia, nossa grande casa. Melhor ainda foi saber que os irmãos do Sarau Elo da Corrente também foram premiados. Festa multiplicada!!! Chegamos ao sarau empolgadíssimos para contar a todos que pudessem ouvir e compartilhar a nossa alegria, já que o prêmio é de todos os freqüentadores do sarau. A reação foi maravilhosa e todos comemoraram como se cada um ali tivesse sido premiado, ou seja, todos perceberam que são diretamente responsáveis por este trabalho maravilhoso que vem participando da história do bairro de Vila Brasilândia. Em seguida, logo após uma grande troca de abraços, rolou um sarau que vai ficar em nossas mentes por muito tempo. A todos que até aqui participaram do Sarau Poesia na Brasa um Salve!!! E àqueles não vieram até agora só podemos dizer uma coisa: Esse já era... mas ainda dá para ir no último do ano de 2008!!!! É só chegar!!!

Valeu Galera!!!

Sarau Poesia na Brasa



O tambor chamou os poetas



e os poetas...


compareceram.


Lenir reforçou o chamado


De Santo Amaro, Jorge Esteves ouviu.


Barbara, com muita alegria, sorriu.


Sonia, vinda das bandas de baixo, subiu.

Soraia, trouxe Castro Alves



Michel, sempre presente.


João Nascimento!!



Elaine




Luciane




Vanessa



Leco, direto da zona leste.



Samanta, vivendo.



Sidnei e Amauri


O gigante "Miudinho "




Taís, sem limites para a poesia.



Carol



Diego



Antônio


Felipe


Vagner



Um do Momentos mais emocionates deste sarau: (da esquerda pra direita) Luciane, Olivia, Iara, Maria Eugênia, Maria Eliza, Eder e Felipe.