terça-feira, 22 de maio de 2012

REVISTA "REBOSTEIO" NO SARAU DA BRASA

REVISTA "REBOSTEIO" NO SARAU DA BRASA

No dia 02 de junho, antes de seguirmos para a Comunidade Cultural Quilombaque, para a celebração de lançamento do CD “Universo Preto Paralelo”, iremos receber em nosso terreiro da palavra o lançamento da revista “Rebosteio”.

O lançamento da revista acontecerá durante o nosso tradicional Sarau, que começa às 20h30.

Sarau Poesia na Brasa 
Bar do Carlita
Rua Professor Viveiros Raposo, 534 
Vila Brasilândia – SP 
Às 20h30


Para ir aguçando a curiosidade e também elaborando a “critica” leia a revista em:
"REBOSTEIO é uma publicação digital sem fins lucrativos, construída com a ajuda de colaboradores voluntários, independente, apartidária e voltada para a divulgação de Cultura e Artes em geral, de idéias, provocações neurais e expansão dos sentidos”. “Numa parceria com a editora Patuá (www.editorapatuá.com.br) chega a sua primeira tiragem impressa com a edição temática sobre "Cultura Negra".

 Todas as edições da revista estão disponíveis para leitura no blog:
 http://rebosteio-revistadigital.blogspot.com.br

UNIVERSO PRETO PARALELO

UNIVERSO PRETO PARALELO

No dia 02 de junho, a Comunidade Cultural Quilombaque terá a honra de receber o lançamento do CD “Universo Preto Paralelo” de Ba Kimbuta.

Para maiores informações sobre esse trabalho acesse: 
http://bakimbuta.wordpress.com/

VOXPOPULI - PROJETO CANAL SONORO


VIDA LONGA AOS MESQUITEIROS

VIDA LONGA AOS MESQUITEIROS

No próximo sábado, dia 26/05, o Sarau dos Mesquiteiros, celebrará dois anos de (re) existência. 

Mais informações em: 
http://mesquiteiros.blogspot.com.br

IV Abolindo a Escra-visão no Brasil

IV Abolindo a Escra-visão no Brasil

Na próxima quinta feira, dia 24/05, encerrando as atividades do IV Abolindo a Escra-Visão no Brasil, o Sarau Elo da Corrente receberá o Coletivo Manifesto Crespo, para um bate papo sobre cabelo crespo e identidade negra. 
Sarau Elo da Corrente 
Bar do Santista 
Rua Jurubim, 788 
Às 21h00 
Pirituba - SP
http://manifestocrespo.blogspot.com

segunda-feira, 21 de maio de 2012

CA.GE.BÊ NO SARAU POESIA NA BRASA

Saudações.

Sarau Poesia na Brasa com muito ritmo e poesia, embalado pelos parceiros do grupo CA.GE.BÊ, lançando seu mais novo trabalho,O Vilarejo.

Aos poucos o povo foi chegando, e nós fomos aproveitando os raros momentos, antes de ligar os equipamentos, para trocar ideias e fortalecer as parcerias.

Nosso terreiro da palavra estava preparado, então Cezar, Shirley e DJ Paulinho deram o tom da noite, mostrando mais uma vez que “... ainda estamos vivos, pelos filhos latinos, movidos por instinto sigo sem desanimar...”

Coletivo Cultural Poesia na Brasa agradece ao grupo CA.GE.BÊ pelo fortalecimento e a todo mundo que colou, axé pra nós.


















terça-feira, 15 de maio de 2012

domingo, 13 de maio de 2012

6 ANOS DE RESISTÊNCIA - MÃES DE MAIO


No sábado dia 12.05.2012 véspera do Dia das Mães vários membros de Saraus que acontecem na periferia paulistana, assim como alguns grupos de rap desceram até a Baixada Santista para chegar junto ao 6° ano de Resistência do Movimento das MÃES DE MAIO, mães estas que acordam e dormem todos os dias com cede de justiça, pelos seus filhos e por tantos outros exterminados por injuriosos projeteis que saem das armas dos bonecos do Estado. Estavam presentes capangas do Sarau Da Brasa, Sarau do Binho, Cooperifa, Sarau da Vila Fundão, Sarau Perifatividade, Sarau da Casa e seus frequentadores e também integrantes de outros grupos ligados a luta contra o massacre do Estado seja em São Paulo ou em outras localidades do nosso país. 

Como é de costume das prefeituras do estado de São Paulo, novamente deixaram os nossos na mão, estava combinado de ter uma estrutura de som para a mobilização e em cima da hora na sexta-feira à noite falaram que não iria haver mais a tal estrutura. Mal imaginavam que novamente nós periféricos mostramos nosso poder de organização, não foi necessário nenhum equipamento, voz, atitude e corações embalaram à tarde sem nenhum tipo de tecnologia, os presentes se uniram para escutar os poetas, os rappers, as MÃES, e tudo foi muito intenso e verdadeiro.
Nós do Sarau da Brasa estamos juntos na luta com as MÃES DE MAIO e pretendemos continuar reivindicando justiça, seja pela arte ou qualquer outra forma de manifestação direta.

MÃES DE MAIO e todos que compareceram na Baixada Santista e também os que por algum motivo não puderam comparecer, saibam que o Coletivo Cultural Poesia Na Brasa agradece o convite e o respeito por nossa correria, a caminhada é longa e repleta de imprevistos, por isso sabemos que a coletividade real nos trará melhores dias, assim esperamos.



















VÍDEO DAS MÃES DE MAIO NO SARAU DA BRASA
 

LÁGRIMAS DE SANGUE - FACÇÃO CENTRAL


1997, março, diadema o município;
Uma câmera, uma fita de vídeo;
Mostra pro mundo sangue, ignorância;
Animais com distintivos;
Não entendi a surpresa;
Infelizmente era só um outro dia comum;
Dia de enterro, velório;
Dia em que a polícia matou mais um;
Não entendi a mídia;
Nem os políticos imundos;
Nem a falsa inútil indignação;
Afinal era a polícia deles, fazendo a lei deles;
Fazendo o que eles querem enterrando nosso caixão;
Toda noite em são paulo o sangue escorre;
Governador o cúmplice número um;
Pede desculpas na tv, que piada;
Tem um caixão sendo enterrado;
E uma família chorando a morte;
O presidente dá o tom da hipocrisia;
Felizmente na pm são a minoria;
Não são apenas dez animais dessa maldita corporação;
Milhares de assassinatos passou batido noite e dia;
Por que não chegam na televisão;
Tenho vários exemplos, vi vários enterros;
Eu mesmo fui atropelado mano;
Eu mesmo já fiz acerto;
Eu vi maluco incriminado, crime forjado;
Peteca no bolso e o tambor descarregado;
E outro finado;
Se não existe a pena de morte no brasil;
Por que a pm mata tanto;
Principalmente a rota, puta que o pariu;
Cpi do crime organizado até mudança de lei na legislação;
Tortura de vinte e um anos moral ou física, cadeia pra agressão;
Seja bem vindo ao espetáculo da contradição;
Tortura sempre foi crime hediondo na constituição;
E, no entanto, a polícia sempre matou;
Sempre torturou, sempre mandou pro caixão;
O projeto de lei é de 94;
De lá pra cá quantos finados, milhares de enterrados;
E só agora pra mostrar a atitude pra mídia;
Demagogia, o projeto foi aprovado no senado;
É tão comum á tanto tempo um cadáver na rua se decompondo;
É tão comum á tanto tempo;
Uma família chorando por um outro fulano morto;
Confiar em quem, pedir apoio pra quem então;
Se quem é pago pra nos proteger;
Toda noite na nossa gente descarrega o oitão;
Mas que porra de polícia é essa que não protege;
Preto, branco, pobre, favelado;
Que todo o jovem da periferia é suspeito;
Candidato á finado;
Eu já to cheio de enterro, velório;
Cadáver cercado de velas;
Infelizmente a paz é só embaixo da terra;
Não quero a minha mulher com minha filha do colo;
Chorando lágrimas de sangue me enterrando;
Sinto muito por todas as vítimas, todas as famílias;
Por todas as lágrimas de morte arrancadas pela maldita polícia.



A lágrima que rola do teu olhar;
É tão triste quanto a morte;
Tem o cheiro e a cor do sangue;
Lágrimas de sangue;
"viaturas se aproximam começa o desespero";
Lágrimas de sangue;
"será que é minha hora, eu vou sobra, ficar inteiro".



Chega de lei do silêncio;
Vamos denunciar esses filhos da puta;
Gambé não vai pra cadeia, não perde a farda;
Ainda te mata na seqüência na rua;
Aqui se mata a vítima, se mata a testemunha;
Queima de arquivo;
Testemunhar é dar visto em atestado de óbito;
É bancar o próprio homicídio;
Quem me protege dentro de um barraco de madeira ou papelão;
Sozinho na noite contra vários pms;
Contra dor de pt, contra oitão;
Ouvidor público te pergunto até aonde que isso ajuda;
No país da injustiça o quanto vale a denúncia;
Depois da tortura eu to vendo meu sangue, os meus ossos quebrados;
Só que ainda eu estou vivo;
Não me enterraram agora, não vou correr mais riscos;
Não vou dar motivo;
Talvez esteja até errada a minha opção;
Só que a lei do silêncio é conseqüência da falta de proteção;
Evita caixão;
Se existisse uma câmera filmando perto de todas as táticos;
Não seriam só dez os animais flagrados;
A cada, cada noite o mesmo inferno;
Mão na cabeça, encosta aí, ra-ta-ta-tá cemitério;
Não é o salário que transforma um pm em criminoso;
É o brasil hipócrita que no fundo está do lado deles;
E batem palmas quando matam pobres;
Que vibram no iml quando chega o corpo;
Será que é isso que é justiça;
Será que vamos enterrar pobres mais dois anos;
Pra que tire os benefícios, as legarias da polícia;
E quando a mídia nos abandonar volta tudo de novo;
Infelizmente pra nós não é do presidente;
E nem do governador o próximo corpo;
Queria ver a cara deles num caixão;
Com uma família chorando do lado;
Com um gambé sorrindo, soprando um oitão;
Esse aqui é o brasil contagem regressiva;
Eu estou vivo até uma tático atropelar a minha vida;
Diadema não é mais do que um exemplo;
Do que acontece na zona sul, leste, norte, oeste, no centro;
A diferença é que lá o cotidiano foi filmado;
Só dos finados que eu já vi na minha vida;
Dos que eu contei daria uma longa metragem de mano enterrado;
Faça um role nas periferias, nas favelas, nos cortiços;
Verá que o negro tem nome de polícia, homicídio;
A minha gente tem pouca informação, mas tem memória;
Ninguém esquece um tapa na cara;
Um tiro na cabeça, um caixão descendo nas cordas;
Não quero minha mulher com minha filha no colo chorando;
Lágrimas de sangue, me enterrando;
Sinto muito por todas as vítimas, todas as famílias;
Por todas lágrimas de morte arrancadas pela maldita polícia.



A lágrima que rola do teu olhar;
É tão triste quanto a morte;
Tem o cheiro e a cor do sangue;
Lágrimas de sangue;
"viaturas se aproximam começa o desespero";
Lágrimas de sangue;
"será que é minha hora, eu vou sobra, ficar inteiro".



quinta-feira, 10 de maio de 2012

MAIS ALGUNS LEVANTES NAS PERIFERIAS

Salve. Mais um final de semana de levante nas periferias. Várias são as ações organizadas para esse sábado; celebração dos seis anos de luta das Mães de Maio, em Santos; Jornada da Habitação no Bamburral, Jardim Russo – Perus; e na Zona Sul vai rolar mais uma edição da Noite dos Tambores. Faremos o possível para estar presentes nesses levantes e desejamos muita força para tod@s que correm diariamente para transformar as periferias em lugares melhores para vivermos.



“Paz entre nós...”

IV Abolindo a Escra-visão no Brasil - Sarau Elo da Corrente


IV ABOLINDO A ESCRA-VISÃO NO BRASIL - estética, identidade e empreendedorismo

Mais uma vez os irmãos e irmãs do Coletivo Literário Elo da Corrente, organizam a ação: Abolindo A Escra-Visão No Brasil.

Essa ação acontece nos mês de maio, mesmo mês que em 1888 foi assinada a Lei Áurea, lei que formalmente instituía o fim da escravidão no Brasil.
Em sua quarta edição, o “Abolindo a Escra-Visão No Brasil”, trás como temas para reflexão, a estética, identidade e empreendedorismo da população negra brasileira.
Para trocar ideias e construir reflexões, foram convidados: Lucia Makena – Arte Educadora, Produtora de Eventos, Bonequeira e Professora de Ensino Fundamental I, (http://bonecasmakena.blogspot.com/), Marcio Barbosa - Escritor, militante de movimento negro, coordenador do Quilombhoje Literatura, co-organizador da série Cadernos Negros, co-organizador do livro e do filme Bailes e autor do livro Frente Negra Brasileira, (http://quilombhoje.com.br/) e o coletivo Manifesto Crespo, que “...tem como foco central a discussão sobre como o cabelo crespo pode e deve ser encarado de uma forma criativa, fazendo com que se desmistifique a ideia de que existe cabelo ruim...” (http://manifestocrespo.blogspot.com/). 
Os encontros acontecerão nos dias 10, 17 e 24 de maio, no horário do tradicional Sarau Elo da Corrente, que acontece no Bar do Santista, na Rua Jurubim, 788-A, em Pirituba – SP.
Tod@s são bem vind@s.
Maiores informações em: http://elo-da-corrente.blogspot.com.br/

“Paz entre nós...”

terça-feira, 8 de maio de 2012

VIVA PERIFERIA VIVA

Movimentos culturais e literários na periferia de São Paulo, pelo olhar de Sonia Bischain.


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Salve.
Higienização social no centro, corte de verba para cultura, ataque contra espaços culturais independentes nas periferias, são algumas das ações da prefeitura de São Paulo. E eis que chega o grande momento da Virada Cultural. Evento com alto investimento, grandes contratações e nas entrelinhas uma grande jogada política, que em outros tempos ficou conhecido como “pão e circo”.

Mas se temos todas essas criticas em relação a Virada Cultural, então porque participar de tal evento, seja com intervenções ou como espectadores? Talvez a resposta possível, seja que nesse momento podemos nos reunir com coletivos de várias quebradas celebrando nossos levantes, e no meio da Babilônia Cultural, dizer o que pensamos sobre a politica cultural da cidade de São Paulo, talvez seja isso.

Agradecemos as pessoas que tornaram possível esse palco na São Bento, aos grupos e pessoas que mantiveram a cultura de resistência viva no largo São Bento e a todas as pessoas que mantem a cultura de resistência viva diariamente nas quebradas.