sexta-feira, 29 de junho de 2012

É DAQUI A POUCO!!


LANÇAMENTO - 29/06/2012 (Sexta-Feira)

20 HORAS 

"Das ladeiras do Jardim Monte Alegre em Pirituba as letras florescem e são colhidas dentro do bar. A casa que acolhe esse buquê é o bar do Santista, nome do também poeta e anfitrião que há cinco anos é parceiro do Sarau Elo da Corrente, roda que vem fortalecendo a literatura e suas vozes nas noites de quinta-feira e somando com a ebulição de saraus nas bordas de sampa. O curta metragem Sarau Elo da Corrente - Periferia Palavra Viva vem celebrar essa história e apresentar os personagens, versos e acontecimentos que são os combustíveis dessa quentura."


Direção, Edição: Michel Yakini, Edú Godoy, Raquel Almeida e Divino Silva.
Roteiro: Michel Yakini
Direção de Fotografia: Sonia Bischain
Direção de Aúdio: Marcos Rosa 
Trilha Sonora: Mc Artigo, Tito Santos e Gui Pirituba, Quilombrasa, Douglas Alves e Marcos Rosa
Duração: 14' 59''

DVD A venda no local
valor:r$ 10,00
encomendas: elodacorrente@hotmail.com

Contemplado no Edital de Co-Patrocínio CCJ Ruth Cardoso- 2011

CCJ Ruth Cardoso
Endereço: Av. Deputado Emilio Carlos, 3.641
Vila Nova Cachoeirinha

http://periferiapalavraviva.blogspot.com.br/

terça-feira, 26 de junho de 2012

OCUPA SARAU - PRAÇA ZUMBI DOS PALMARES

SARAU DA BRASA PRESENTE FORTALECENDO A QUEBRADA, SOMANDO COM A POESIA E COM A MOVIMENTAÇÃO QUE AQUECE A MENTE, O CORAÇÃO E NOS FAZ VIVER NESTE MUNDO VIRADO NOS 700.


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Presos em unidades federais poderão diminuir pena com horas de leitura Deu na Agência Brasil


Os presos que se dedicarem à leitura de obra literária, clássica, científica ou filosófica poderão ter as penas, em regime fechado ou semiaberto, reduzidas. A cada publicação lida, a pena será diminuída em quatro dias. No total, a redução poderá chegar a 48 dias em um ano com a leitura de até 12 livros, de acordo com a Portaria 276 do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União.

As normas preveem que o detento terá o prazo de 21 a 30 dias para a leitura de uma obra literária disponibilizada na biblioteca de cada presídio federal. Ao final, terá que elaborar uma resenha que será analisada por uma comissão de especialistas em assistência penitenciária. O participante do projeto contará com oficinas de leitura.

A comissão avaliadora também observará se as resenhas foram copiadas de trabalhos já existentes. Caso sejam consideradas plágio, o preso perderá automaticamente o direito de redução de sua pena.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

FOI ADIADA A FESTA DE ANIVERSÁRIO DO SARAU ELO DA CORRENTE



Salve.
Hoje não haverá os festejos de aniversário do Sarau Elo da Corrente. 
O motivo é o falecimento da mãe de Claudio Santista, anfitrião do bar onde acontece o Sarau.
As comemorações acontecerão no dia 05 de julho.

terça-feira, 19 de junho de 2012

SARAU DO BINHO VIVE!!!

CULTURA NO OLHO DO FURACÃO

A cada dia que passa as periferias se movimentam com mais intensidade, qualidade e muita reflexão. 

São ações protagonizadas por jovens, de diversas idades, que incluem no cotidiano dos nossos bairros, novos sons, cheiros e sabores, batendo de frente com o descaso social promovido pelo Estado e dividindo espaço com as mais variadas violências aqui existentes. 

Isso é cultura viva feita no olho do furacão, seja em bares, escolas, abrigos, cadeias, becos e vielas.

Felizes somos por fazermos parte desse movimento, nascido nas bordas da cidade e que aos poucos vai retomando todos os espaços que nos foram tirados ao longo da história desse país.


Abaixo segue algumas ações que dão fôlego para esse movimento. 
Axé





segunda-feira, 18 de junho de 2012

GIOCONDA BELLI "PRESENTE" NO SARAU DA BRASA

Salve Povo. 

Nesse último sábado, no Sarau Poesia na Brasa, recebemos o lançamento do livro “O Olho da Mulher” de Gioconda Belli, trazido pelos amigos Allan da Rosa e Carolzinha Teixeira.

Dedicamos todo o tempo do Sarau para ler, coletivamente, vários tequinhos dessa belíssima obra e também bater um papo, sobre nossa América Latina, em especial a Nicarágua.

Foi um lançamento todo especial, @s presentes vivenciaram as páginas do livro, com todos os cheiros, gostos e viagens que essa trabalho pode nos oferecer.

Com certeza esse é um dos nossos objetivos com o Sarau Poesia na Brasa, criar cotidianamente um espaço de construção coletiva de reflexão e conhecimento, pois entendemos o Sarau como um lugar que vai além do espaço do “espetáculo”, mas também como um momento da nossa formação, diferente das formatações escolares/acadêmicas.

Agradecemos todo mundo que colou e somou com palavras, sorrisos e abraços










sexta-feira, 15 de junho de 2012

Mais uma vez as notícias estão sendo publicadas sem o devido cuidado






Salve povo da rede.



No último dia 13/06 foi publicada duas matérias no Jornal Brasil de Fato, em que é informado que o Bar do Carlita, local onde acontece o Sarau Poesia na Brasa, foi fechado pela Prefeitura de São Paulo, o que não é “verdade”.

Mais uma vez vamos tentar explicar o que esta acontecendo, no caso do Bar do Carlita.

No final do ano passado Carlita, “proprietário” do bar, onde acontece o Sarau Poesia na Brasa recebeu uma multa por conta de alvará. De lá pra cá, entramos, junto com o Carlita, com alguns “recursos” na prefeitura e até o presente momento não aconteceu nenhum fato novo envolvendo o Bar do Carlita, ou o Sarau Poesia na Brasa  e alvará.

A única novidade desse ano, em relação ao fechamento do bar, é que o bar onde acontece o Sarau fica localizado na área onde há um projeto de construção do metrô, que “chegará” até o bairro de Vila Brasilândia e o Carlita foi notificado, assim como várias famílias da região, que seus imóveis serão removidos. 

Então agradecemos pela “boa vontade” dos meios de comunicação, mas caso queiram ajudar, tenham mais cuidado no levantamento de informações.

Sábado, dia 16/06, teremos mais uma edição do Sarau Poesia na Brasa e lá daremos mais informação aos interessados.

Quem puder, por favor, divulgue essas informações para não haver novas "confusões".

Axé.
Coletivo Cultural Poesia na Brasa.

Abaixo seguem os links do Jornal Brasil de Fato, com as matérias aqui mencionadas.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sábado tem O Olho da Mulher na Brasa!

É com muito prazer e admiração que receberemos no próximo Sarau, Carolzinha Teixeira e Allan da Rosa para partilharem conosco mais uma obra de grande relevância para a periferia. 

Lançamento do livro - O OLHO DA MULHER - da escritora Nicaraguense GIOCONDA BELLI.

Venham somar conosco, estão tod@s covidad@s.
 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

SARAU PROTESTO


Salve povo da rede.

Algumas pessoas vieram nos perguntar como anda os preparativos para o “Sarau Protesto”, dessa próxima quarta feira, dia 13/06, que foi divulgado inicialmente nessa matéria:


Alguns acabaram se confundindo com a matéria, afinal no mesmo momento que falaram sobre a questão das multas do Sarau do Binho e do Sarau da Brasa, também se falou de um Sarau Protesto em frente à prefeitura. 

Isso logicamente poderia levar algumas pessoas a pensarem que quem estaria puxando esse ato, seríamos nós, ou o pessoal do Sarau do Binho. Porém não somos nós e até onde sabemos também não é o pessoal do Sarau do Binho.

Até agora, pelo menos para nós, não está muito evidente quem começou esse lance e achamos que é importante que seja evidenciado quem está puxando uma ação como essa.
Enfim, não somos nós, e nem iremos participar detsa ação. Não por acharmos que esse tipo de ato não seja legítimo, mas sim por pensarmos que algumas coisas têm que ser conversadas olho no olho antes de uma ação dessas.

 Mais uma vez acreditamos que vale lembrar, que é importante termos calma para separarmos os aliados dos oportunistas. Axé.

Coletivo Cultural Poesia na Brasa

terça-feira, 5 de junho de 2012

(R) EXISTÊNCIA


Salve povo

Aos promover saraus, onde é permitido ao povo a livre expressão, estamos tentando retirar as mordaças colocadas em nossa bocas e mentes, ao longo dos anos. Nos nossos espaços assistimos nossos vídeos, lançamos nossos livros, assistimos  nossas peças de teatro, apreciamos nossas fotografias e fazemos nossas assembleias para discutirmos assuntos de nosso interesse. Isso faz com que sejamos mais do que um espaço de expressão artística, mas sim um espaço de resistência política, pois essas possibilidades todas sempre nos foram negadas e hoje, em um ato de desobediência ao que nos é imposto, propomos novas formas de organização e intervenção política.

E eis que o Estado reage, tentando acabar com nossas organizações e expressões. Nada mais natural, se considerarmos que estamos lidando com um Estado burguês, machista e racista e que de forma alguma pode permitir que pobres, negros e mulheres possam ter a chance de criarem novas formas de sociabilização.

Por isso entendemos que as multas aplicadas aos vários saraus das periferias de São Paulo, entre eles, Sarau Elo da Corrente, Sarau da Brasa e Sarau do Binho nada tem a ver com burocracias, alvarás, entre outros documentos. Mas sim, um ataque sobre nossas organizações, pois o Estado já entendeu a força política do nosso movimento.

O Bar do Carlita, onde acontece o Sarau Poesia na Brasa, além de estar sendo multado por conta de alvará, também esta dentro da rota de construção da nova linha do metrô e junto com outras casas e as famílias, esta prestes a ser removido daquela região.

Agora é um momento de pensarmos coletivamente nossas próximas ações. Ter a calma necessária para enxergarmos nossos aliados, considerando o trabalho que vem sendo feito ao longo dos últimos anos e não permitir que oportunistas de última hora venham se posicionar com atitudes precipitadas e irresponsáveis. Fiquemos atentos.
O Coletivo Cultural Poesia na Brasa manifesta aqui todo o seu apoio ao Sarau do Binho e também a tod@s que trabalham diariamente pela transformação social em nossas quebradas e por hora, junto com @s parceir@s, estamos organizando as próximas ações.

Couro, Pau e Poesia – Por Walner Danziger.

Nessa postagem segue algumas fotos de Sônia Bischain, tiradas no Sarau Poesia na Brasa do último dia 02/06 e também um texto escrito pelo parceiro Walner Danziger sobre o nosso Sarau, publicado no blog: http://nafuncao.wordpress.com/ 

 Couro, Pau e Poesia – Por Walner Danziger. 
 Na Brasa. Na Brasilândia. Quizomba é lá, só chegá. 

Na Brasa aquece a pele dos atabaques e se a elite treme, e treme mesmo é porque eles são articulados, atuantes e não estão aí pra brincadeira. Eles e elas. Coletivo Poesia na Brasa, quatro primaveras na função. Armados até os dentes de palavras, batuques e atitude.

Qué chegá na encruzilhada pra conferir? Vila Brasilândia, Bar do Carlita, sábado sim, sábado não, a consagração da palavra.

Sarau Poesia na Brasa. Bora chegá, então? 

Tambores buscando quem mora longe. Oralidade do verso, do manifesto, revitaliza ancestralidade. Tambores evocam proteção e fortalecimento. Na Brasa. Na periferia. Para a periferia. Pra todas as quebradas onde o campo estiver aberto e limpo pra comungar idéias e transformação. 

Meus irmãos tem peito e ginga. Vagnão, Diego, Sonia, Chellmí, Sidnei e Samanta. Caldeirão de idéias, de movimento. Microfone aberto ou no gogó, a elite treme. O chão treme. Meus irmãos carregam consigo a escora do conhecimento, da sensibilidade. Educação, ciências sociais e arte, tudo junto e misturado, tudo servido com tempero forte e quente.

Saído da Brasa pro asfalto, pro barro persistente das favelas, lá vão eles, porque tem fé, força. Lá vão eles de volta pra selva, pras ruas, esquinas, escolas, abrigos, fundações, UBSs e centros de cultura.

Couro, pau e poesia. Couro, pau e poesia, neles. Na gente. Vem que tem palavra boa de ouvir. Vem. Vem que tem dança, vídeo e muita idéia pra trocar. Tem festa. Tem África e nordeste. Comida e cachaça. Vem que tem calor de sobra pros embalos suburbanos de sábado à noite. 

Só chegá. Miudim, sapatim… Salve! Porque agora os favelados escrevem livros e contam direito suas histórias. E são muitas as nossas histórias. E são escuras nossas musas. De aço nossos heróis e duro de engolir nosso tranco, malandragem. 

Lá vão eles. Abrindo frente. E tome antologias poéticas ecoando a voz dos morros. Beba escritores e poetas curtindo verbo e veneno nesse calor. 

Lá vão eles: Samanta, Sidnei, Chellmí, Sonia, Diego e Vagnão. Coletivo Poesia na Brasa. Alcatéia urbana e um pé na porta com sabedoria. Contundência e doçura. 

Vem tambor, me busca e me leva pra lá. Depois me trás, que moro longe mas hei sempre de voltar. 

Couro e pau. Vem, tambor, inflamar a Brasa no peito. Vem que sábado tô lá. Pra entrá naquela roda. Pra versá no seu sarau. Axé.



















Lesmas comandadas por raposas (e o fechamento do Sarau do Binho)


Por Allan da Rosa

"Pedem um comprovante, Binho leva e volta com uma exigência de novo atestado. O tal atestado vai e aí pedem uma conta carimbada. Vai o borderô e Binho ganha a missão de levar um outro certificado. Levado esse protocolo é a vez de esperar algumas semanas antes de reclamarem outro papel. Há anos vai em arrasto de lesma a situação comandada pelas raposas pra soltarem o divino alvará.

Isso pra funcionar o bar, onde acontece o Sarau do Binho. Só que o bar do Binho é dele e de sua família, seu sustento. Mas o sarau não é mais, há tempos. É praia e viela da comunidade, é centro cultural e fortaleza, fórum e cozinha.

Doce contradição: este sarau, o mais antigo e dos mais cooperativos de São Paulo, mesmo levando o nome de seu idealizador tem a agenda guiada pela demanda da comunidade. Quase toda semana chega alguém, algum coletivo, com um livro pra lançar, uma urgência pra debater, uma animação pra projetar. O “Sarau do Binho” tem a pauta levada pela beirada da zona sul e não é uma marca que visa crescer o ibope do Robinson. É um encontro com o encanto, com estética, com a política.

Ali, toda segunda-feira, onde já passaram milhares ou milhões de pessoas e nunca houve uma agressão física, acontecem cirandas, mesas redondas, projeções de filmes, exposições de quadros e esculturas, apresentação de teatro, rodas de capoeira. E além disso tudo, declamação.

Ali esquentamos e aprofundamos temas como o genocídio indígena, o machismo assassino, os movimentos afro-brasileiros, a especulação imobiliária, as diferenças entre educação oficial e comunitária, a tal democracia representativa. Trocamos idéia e vivenciamos cultura nordestina, argentina, japonesa, angolana, etc. Proseamos sobre nostalgia, espiritualidade, paternidade, desespero... Ali também já vogou um naipe de debates sobre questões estéticas como figurino cênico, direção teatral e dramaturgia, realismo e fantasia em literatura, luz e roteiro em cinema, enquadro e diafragma em fotografia, timbre e melodia em música, composição e volume em artes plásticas, entre tantos. Entrelaçados e fundamentados por Poesia.

Ali construímos amizades sólidas e flexíveis, aprendendo a apreciar, a perguntar e a discordar. Ali chegou gente de toda América do Sul, do Norte, de África, da Europa, da Ásia. Veio até gente de outros bairros de SP que parecem ser outro país.

Na atual gestão da prefeitura de São Paulo absolutamente nada é decidido junto com o povo. Na virada do ano o orçamento daqui da região da M´Boi mirim teve corte de 46%, já o de Pinheiros cresceu 12%. Assim bailamos entre a correia da burocracia que paralisa e o chicote medroso dos politiqueiros. Pra eles somos apenas a lista de despejados, a mira pra PM que de novo chega em seu ápice homicida, a massa pra consumir show, a população na sola dos coturnos das sub-prefeituras, todas hoje comandadas por coronéis e marechais.

O lacre na porta do bar, a mordaça no sarau, tem a ver com o perigo de nossa formação política, de nossa sensibilidade sendo educada, autônoma?

Nossa garganta seca na sede de Poesia. Nossos ouvidos queimam por tanta hipocrisia. Poesia de amor, de dúvida, de luta, de geografia, de matemática, de solidão, de movimento.

Clamamos pela nitidez, pela definição nos processos de recolha dos documentos exigidos para o alvará de funcionamento do bar do Binho!

Pelo retorno imediato do Sarau do Binho!"

Por Serginho Poeta

Manifesto

No dia 28 de maio de 2012 o nosso amigo Binho, brilhante batalhador pela cultura e pelas causas sociais pode ter realizado seu último Sarau. Ao menos foi isso que nos foi dito no bar, que encerra suas atividades por conta de uma multa de R$ 8.000,00 imposta pela prefeitura, que embargou o bar por este não possuir alvará. Binho tentava conseguir um alvará junto à Prefeitura há muitos anos e não conseguia receber. O barato é pessoal e premeditado.

É direito do povo manifestar-se e apresentar suas criações artísticas, discutir questões de suma importância para toda a sociedade como foi feito várias vezes no Sarau, e que não precise do crivo das instituições governamentais, que seja espontâneo, feito onde o desejo coletivo criar. Devemos respeitar os direitos de outrém, mas não podemos aleijar todo um grupo de trabalhadores que fazem do espaço seu ponto de encontro para comungar a arte, em forma de cinema, teatro, poesia, dança, pintura e tantas outras que por lá passaram.

No espaço muitas pessoas até então invisíveis no meio da multidão dessa megalópole, se descobriram, seja para suas realizações artísticas, seja para o exercício de sua cidadania, portanto entendemos que não pode assim, simplesmente acabar um projeto tão importante para o desenvolvimento da nossa cultura.

O Sarau do Binho já não nos pertence mais, é de toda a nação, uma vez que muitos projetos culturais tomaram-no como inspiração, em lugares remotos da cidade; do Estado, haja visto a participação no Circuito Sesc, onde percorreu várias cidades do interior de São Paulo e foi visto por milhares de pessoas; e do país, onde compatriotas de diversos estados enviam mensagens de agradecimento ao ter passado por nossa cidade e podido participar deste encontro tradicional de segunda feira.

É preciso muito mais que talento para continuar fazendo arte em um país onde apenas o produto cultural interessa aos patrocinadores da cultura, onde a grande mídia vira as costas para as tradições que não se enquadrem nos seus modelos, vide o Carnaval que surgiu de uma necessidade tão legítima e se tornou um grande negócio para as grandes marcas, os grandes meio de comunicação e para os dirigentes das escolas, que vendem a paixão de tantas comunidades. Mas, valente que sempre fomos, não só no discurso como na prática, afinal quantas ações já partiram desse coletivo visando buscar o direito à cidadania, como no apoio à diversas organizações que lutam pelo seu direito, à moradia, à educação, à alimentação e à cultura, não podemos nos render e vamos assoprar esta brasa até que a chama volte a aquecer nossos anseios de um país mais justos e sem classes.

Não podemos deixar morrer o Sarau do Binho. É hora de mostrar a força dos coletivos culturais e sociais de São Paulo e do Brasil. Contamos com o apoio de todos.