Saudações.
Com muita graça, raça, ousadia, beleza e coragem o Coletivo Cultural Esperança Garcia fez uma intervenção na última edição da Jam Baque, evento organizado pela Comunidade Cultural Quilombaque. Nas preparações dessa última intervenção, mais uma vez, o coletivo teve que travar sérias discussões sobre a importância das mulheres dentro dos movimentos culturais, pois por desatenção na divulgação do evento os irmãos e irmãs de Perus acabaram por não dar a importância que os trabalhos do Esperança Garcia merece, situação refletida no material impresso de divulgação, onde a intervenção do grupo ficou de fora, o que prontamente foi discutido com a Quilombaque numa tentativa de ajustar a situação, pois ainda temos que rever nossas posturas em relação aos trabalhos de nossas irmão, pois nossa desatenção, muitas vezes pode soar como desrespeito, embora acreditemos que não tenha sido esse o caso.
“Superado” o contratempo inicial o Coletivo Cultural Esperança Garcia se colocou dentro da Jam Baque com uma postura extremamente madura, em um ambiente composto, em sua maioria por homens discutiu as violências sofridas pelas mulheres ao longo de toda a história da humanidade e também a força dessas mesmas mulheres dentro dos movimentos culturais e sociais espalhados pelo mundo. Feridas abertas dentro de todas as sociedades, tais como machismo e racismo, estão presentes nas discussões desse coletivo, no entanto na última intervenção essas mulheres souberam discutir esses temas com tamanha leveza, o que possibilitou maior compreensão dos presentes, tanto homens como mulheres.
Nós do Coletivo Cultural Poesia na Brasa apoiamos os trabalhos do Coletivo Cultural Esperança Garcia e nos colocamos de pé nessa luta contra o machismo, pois enquanto nossas irmãs estiverem acorrentadas nossas lutas não avançarão.
Axé Coletivo Cultural Esperança Garcia
Coletivo Cultural Poesia na Brasa
Nenhum comentário:
Postar um comentário