O dia 06 de novembro de 2009 é um dia que, como tantos outros, felizmente, ficará marcado na história e trajetória do Coletivo Cultural Poesia na Brasa. Quando fomos convidados para colar lá na escola conhecida simplesmente como “Renato”, no Jardim Carumbé, boas lembranças imediatamente vieram à mente.
Em 19 novembro de 2008 havíamos nos apresentado naquela mesma escola para celebrar o Dia da Consciência Negra e contamos com a presença dedicada de cerca de 300 pessoas – entre estudantes, pais, funcionários e comunidade. Muito loko!!!
Desta vez o convite foi para um sarau com algumas turmas da 8ª série e lá fomos nós cientes de que dificilmente teríamos uma sensação parecida com a de 2008. Estávamos quadradamente enganados! Quando a galera foi chegando, percebemos a dimensão da responsa e isso só deu mais empolgação. Deveria ter mais de 400 estudantes alí! E o melhor foi que recitamos apenas alguns textos até que a mulecada assumisse o microfone e os livros e começasse a recitar também. Não sabemos ao certo quantos livros distribuímos naquela manhã, sabemos apenas que o tráfico rolou solto e não sobrou nenhum em nossas mãos. E no final, não satisfeitos, os estudantes assumiram os tambores e fizeram uma grande festa que saiu da quadra e ocupou o pátio e o horário do intervalo com todas as turmas.
Um pouco mais tarde, após uma pausa para o almoço, fomos há apenas alguns quarteirões de distância da escola, participar de um sarau na UBS Vila Terezinha. Lá fomos muito bem recebidos pela equipe de saúde que atua no bairro e por alguns moradores. Boas lembranças também vieram à mente, pois em 2008 fizemos um sarau improvisado e marcante numa esquina, em frente ao salão onde a literatura se manifestou desta vez. Melhor ainda foi ver que algumas pessoas que gostaram da iniciativa naquela ocasião também estavam presentes neste dia. Não é difícil imaginar o que aconteceu. Tal como na escola, logo as pessoas, que somavam conosco naquela tarde, mulheres em sua maioria, apresentaram sua arte, a arte de viver, por meio da literatura.
Para fechar o dia, ao término do sarau na UBS Vila Terezinha, colaboramos com o “virar de páginas” inicial para a montagem de uma biblioteca comunitária na Unidade de Saúde doando alguns livros.
A impressão que carregamos ao final do dia é a de ver crescer uma pequena, porém, enraizada flor em um campo antes tido como infértil – mesmo que esta visão tenha sido sustentada pelas pragas que tentam consumir nossa natureza.
A propósito, não precisamos mais dizer àqueles, que professavam a existência de uma ignorância natural na periferia, que estavam errados. Vemos o contrário disso todos os dias. E se eles ainda não conseguem perceber é por que certamente estão se afogando no mar de ignorância que ainda imaginam nos rodear.
Coletivo Cultural Poesia na Brasa
Em 19 novembro de 2008 havíamos nos apresentado naquela mesma escola para celebrar o Dia da Consciência Negra e contamos com a presença dedicada de cerca de 300 pessoas – entre estudantes, pais, funcionários e comunidade. Muito loko!!!
Desta vez o convite foi para um sarau com algumas turmas da 8ª série e lá fomos nós cientes de que dificilmente teríamos uma sensação parecida com a de 2008. Estávamos quadradamente enganados! Quando a galera foi chegando, percebemos a dimensão da responsa e isso só deu mais empolgação. Deveria ter mais de 400 estudantes alí! E o melhor foi que recitamos apenas alguns textos até que a mulecada assumisse o microfone e os livros e começasse a recitar também. Não sabemos ao certo quantos livros distribuímos naquela manhã, sabemos apenas que o tráfico rolou solto e não sobrou nenhum em nossas mãos. E no final, não satisfeitos, os estudantes assumiram os tambores e fizeram uma grande festa que saiu da quadra e ocupou o pátio e o horário do intervalo com todas as turmas.
Um pouco mais tarde, após uma pausa para o almoço, fomos há apenas alguns quarteirões de distância da escola, participar de um sarau na UBS Vila Terezinha. Lá fomos muito bem recebidos pela equipe de saúde que atua no bairro e por alguns moradores. Boas lembranças também vieram à mente, pois em 2008 fizemos um sarau improvisado e marcante numa esquina, em frente ao salão onde a literatura se manifestou desta vez. Melhor ainda foi ver que algumas pessoas que gostaram da iniciativa naquela ocasião também estavam presentes neste dia. Não é difícil imaginar o que aconteceu. Tal como na escola, logo as pessoas, que somavam conosco naquela tarde, mulheres em sua maioria, apresentaram sua arte, a arte de viver, por meio da literatura.
Para fechar o dia, ao término do sarau na UBS Vila Terezinha, colaboramos com o “virar de páginas” inicial para a montagem de uma biblioteca comunitária na Unidade de Saúde doando alguns livros.
A impressão que carregamos ao final do dia é a de ver crescer uma pequena, porém, enraizada flor em um campo antes tido como infértil – mesmo que esta visão tenha sido sustentada pelas pragas que tentam consumir nossa natureza.
A propósito, não precisamos mais dizer àqueles, que professavam a existência de uma ignorância natural na periferia, que estavam errados. Vemos o contrário disso todos os dias. E se eles ainda não conseguem perceber é por que certamente estão se afogando no mar de ignorância que ainda imaginam nos rodear.
Coletivo Cultural Poesia na Brasa
Sarau na E.E. Prof° Renato de Arruda Penteado
2 comentários:
"a arte tem que ir onde o povo esta..." se ainda não resolve fazer um bar dentro de vários butecos, nós vamos nas escolas, nas UBSs, nossos livros invadem as casas e assim a poesia vai se embrenhando em todos os lugares.
Axé pra nóis.
Vagner Souza.
Não preciso dizer que admiro, apóio e sou feliz por conhecer de perto, muito perto toda essa responsa e história.
Saudações Comunidade!!!!!
Axé pra nós, sempre!!!!!
Juliana Balduino
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