Projeto Espremedor e Sarau Poesia na Brasa = Sinceridade no olhar e parceria verdadeira,
5 de novembro, sabadão, calor intenso, a quebrada agitada, uns tomando umas, outros lavando carros, pra outros mais um dia comum e pro Projeto Espremedor, dia de mais um evento, edição RAGGA.
Como sempre fazer um evento é muita treta, vários imprevistos, ainda mais quando você “quer” usar um espaço público, parece contraditório, mas assim que é. O evento do Espremedor iria acontecer na praça Benedita Cavalheiro, que fica em frente a “Casa de Cultura” da Vila Brasilândia, porém por problemas estruturais foi necessário transferir o evento para dentro da Casa, o que já tinha sido pré combinado com a sub-prefeitura. No entanto o evento foi proibido de entrar pra dentro do espaço, pois a Casa havia sido pintada recentemente. Não é que a tinta ainda estava fresca ou coisa assim, o que pega é que o espaço estava limpo, estranho não? Para nós parece no mínimo estranho, um evento cultural não poder ser realizado dentro de uma Casa de Cultura, só porque ela estava limpa? É só isso ou tem mais coisa por aí não dita? Mais uma vez foi reforçada a idéia de que “parece” que aquele espaço não foi feito para os moradores da Vila Brasilândia, vamos ver. Como sempre, quando alguma coisa aparece pra atrapalhar nossas ações, nossos coletivos se unem ainda mais, e assim também aconteceu nesse último sábado. Já que o evento não poderia acontecer dentro da Casa de Cultura da Vila Brasilândia, então ele iria acontecer dentro do Espaço Cultural da Comunidade de Vila Brasilândia, também conhecido com BAR DO CARLITA. Mesmos com esses contratempos a edição RAGGA do Projeto Espremedor foi bem louca. Vários amigos de milianos colaram e novos amigos também fortaleceram em alto e bom som.
Na sequencia, sem deixar o som cair, muito ao contrário mantendo o volume e a qualidade lá em cima, os irmãos e irmãs do Ballet Afro Koteban tomaram o Bar do Carlita, despertando a curiosidade dos que por ali estavam. “Eles são africanos?” – “Esse toque que eles estão fazendo não é daqui do Brasil né?” Essas foram só algumas das perguntas surgidas assim que o Koteban começou sua apresentação. O povo ficou como que enfeitiçado pelos toques e pelos movimentos na dança trazidos do Oeste africano. Ancestralidade reconhecida, identidade fortalecida.
Pra encerrar nossa noite recebemos nosso parceiro Akins Kinte para o lançamento de seu mais novo livro “Incorporos” livro escrito na parceria com a poetisa Nina Silva.
Noite linda e que com certeza fortaleceu a caminhada. Agradecemos a tod@s que tornaram possível mais esse dia de alegria e reflexão para o bairro de Vila Brasilândia e para a periferia como um todo. Axé.
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