Noite escura, mais uma vez faltou luz na quebrada, mas isso em nada desanimou os presentes, velas foram acesas, o silêncio se impôs, berimbau cantou alto convidando todos e todas para a roda, pois o debate-papo sobre literatura e capoeira iria começar e mais uma vez estávamos reunidos para a comunhão da palavra.
Marcio Folha e Fabio Mandingo conduziram o inicio da conversa, olhos atentos, palavra gingando no ar como num jogo malandreado, muita informação e mandinga lançada na roda e o conhecimento subindo num giro rápido para depois descer lentamente firmando os fundamentos da nossa caminhada.
Acabada a primeira parte da conversa, Fabio Mandingo abre nosso sarau apresentando para Brasilândia os resultados de algumas experiências das ladeiras do pelourinho, organizadas em alguns contos em seu livro “Salvador Negro Rancor”.
Tudo correu muito bem em mais uma noite de celebração na periferia de São Paulo, velhos e novos amigos chegaram para a comunhão da palavra, mas como sempre, algumas pessoas chegaram a fim de outros propósitos que não rimam com respeito e humildade, mas lidar com isso faz parte dos trabalhos, caso queiramos construir um “Bom Lugar”. Axé
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