segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ASSEMBLÉIA BRASILÂNDIANA

Salve.
São tantos lançamentos de livros, de vídeos e debates que às vezes acabamos não tendo tempo para botar o pé no chão, respirar fundo e pensar na próxima ação de forma mais tranquila. Mas no último sarau, sem nenhum lançamento, com “poucas” pessoas tivemos novamente a oportunidade de conversarmos sobre problemas e alegrias que nos rodeiam e comungar da palavra sem tanta agitação.
Começamos o Sarau na bolinha de meia, pontuando um assunto que ainda gera muitas confusões na cabeça de alguns participantes do Sarau, que é a questão dos Tambores da Brasa. Como todos sabem, sempre tocamos tambores no inicio e no final do Sarau como forma de marcar o inicio e o fim de uma atividade, mas essa prática definitivamente não esta ligada a nenhum tipo de atividade religiosa, o que estamos tentando fazer ao longo desses três anos é utilizar praticas de nossos ancestrais africanos e indígenas, que também se utilizavam dos tambores em seus trabalhos, assim também como utilizavam, e nós também, a oralidade como forma de transmissão de conhecimento. Isso em hipótese alguma quer dizer que queremos exercitar qualquer tipo de religião dentro do espaço do sarau. As pessoas frequentadoras de alguma religião sabem que no sarau não fazemos nada que possa ser considerado como um ritual religioso de qualquer vertente, portanto é necessário que todas as pessoas que frequentam o Sarau Poesia na Brasa tomem mais cuidado com as afirmações, principalmente fora do Sarau, para que na haja maiores confusões.
Outro assunto que foi levantado no último sarau foi a questão do machismo, prática presente em nossa sociedade, portanto presente também dentro dos movimentos politico-culturais. Para quem acompanha nossas atividades sabe de nossas preocupações relativas ao tema e conhece nossas ações, tais como a participação massiva de mulheres em nossas publicações como debates que organizamos, que tem com foco central de discussão a participação das mulheres nos movimentos politico-culturais. Há muito trabalho a se fazer se quisermos acabar com o machismo, por isso entendemos que uma das primeiras atividades necessárias a se fazer é a identificação dos “parceiros” e dos “inimigos” nessa luta, para que não façamos ações que desconsiderem e desrespeitem os trabalhos de quem caminha no mesmo sentido que nós, assim podendo caminhar juntos homens e mulheres em um mesmo caminho. .
No mais o sarau seguiu como sempre, com muita discussão e sorriso no rosto.
Axé









FOTOS DE SIRLENE

Um comentário:

Paulo Rams disse...

Salve irmandade, Resistência e Militância... Referência da Brasilândia...

Abraços

Paulo Rams