No dia 17 de abril o Coletivo Cultural Poesia na Brasa fez uma intervenção na sétima edição da Virada Cultural, no palco da Cultural Periférica. O barato tava extremo, muito lixo, vários corpos vazios pelo chão, muita polícia, muita, mas muita gente mesmo e tudo isso para festejar o grande dia do “Pão e Circo” organizado pela Prefeitura de São Paulo? Não, pois ainda falta o pão.
Seriedade e compromisso com a população não são características da prefeitura de São Paulo, quando falamos de arte e cultura então... Para 24 horas de “transe coletivo” a Prefeitura de São Paulo gastou, mais ou menos, 8 milhões de reais, parece bastante para uma prefeitura que deixa entregue à própria sorte, todas as casas de cultura municipais da cidade. Parece absurdo, uma mesma prefeitura gastar tanto dinheiro em um evento de 24 horas e ao longo do ano disponibilizar pouquíssimos recursos para aqueles que trabalham com arte e cultura na cidade. E não podemos esquecer que é essa mesma prefeitura que tenta arrebentar com os espaços culturais independentes, como foi o caso que aconteceu no ano passado no espaço CICAS, quando a prefeitura tentou fechar um dos únicos espaços culturais da Vila Sabrina. Sim, nos últimos dois anos trabalhamos com esta mesma prefeitura por meio do programa VAI. E justamente por isso seguimos com nossas críticas. Apesar de repassar verba para diversos coletivos culturais que se propõem a trabalhar com a cultura nos bairros periféricos, a verba destinada a cada um destes grupos é insuficiente para que tais iniciativas desenvolvam estruturas maiores de envolvimento com as artes. O período de dez meses e uma escassa verba, que no último ano atingiu o teto de cerca de 22 mil reais, jamais poderá contribuir para a estruturação de um hábito de valorização de iniciativas culturais em localidades há muito excluídas dos grades circuitos culturais contemporâneos e bastante reprimida quando se organizam por si própria em seus projetos independentes e muitas vezes experimentais – que sempre contribuíram para o surgimento e (re)significação de diversas manifestações artísticas. Então não é que não gostemos de um grande “evento cultural”, porém temos que pensar sobre as razões de tal evento e sobre o restante das ações dessa gestão, no caso mais especificamente, em relação a arte e cultura, para não parecer que tudo esta bem, pois como sabemos não esta. Mas mesmo com todos os percalços e contradições estávamos lá para mostrar um pouco do trabalho que fazemos durante todo ano.
O barato começou complicado, pois assim que o primeiro grupo subiu no palco e iniciou sua apresentação acabou o combustível que abastece o gerador de energia e assim que conseguiram arrumar o tal do combustível, o gerador queimou, um bom começo para o Palco de Cultura Periférica não acham? Mas como os grupos de periferia estão acostumados com adversidades muito maiores isso não representou um grande problema, porém isso também não quer dizer que tem que esculachar com o nosso palco né? O problema da energia seguia, porém Samba da Vela e Sarau da Cooperifa deram aula de improviso e fizeram seus trabalhos sem luz mesmo, ali no chão, no meio do povo, estilo nosso, estilo favela e quando terminaram o problema já havia sido solucionado e o Versão Popular conseguiu entrar no palco com tudo “pronto”. Daí pra frente o palco da Sta. Efigênia virou um espaço para o encontro d@s pret@s e periféricos dessa cidade, assim como acontece há muito tempo no centro velho de São Paulo.
Parabéns a todos os grupo e pessoas que passaram por esse palco e desenvolveram seus trabalhos de forma séria, mas sem perder o sorriso no rosto, assim como fazemos o ano todo. Agradecemos a todas as pessoas que tornaram possível a inclusão de tal palco nesse evento, em especial a Gil Marçal pela indicação e esperamos que outros grupos possam participar desse palco em outros anos e assim continuaremos a exercer nossa cidadania, que festeja mas também questina.
Seriedade e compromisso com a população não são características da prefeitura de São Paulo, quando falamos de arte e cultura então... Para 24 horas de “transe coletivo” a Prefeitura de São Paulo gastou, mais ou menos, 8 milhões de reais, parece bastante para uma prefeitura que deixa entregue à própria sorte, todas as casas de cultura municipais da cidade. Parece absurdo, uma mesma prefeitura gastar tanto dinheiro em um evento de 24 horas e ao longo do ano disponibilizar pouquíssimos recursos para aqueles que trabalham com arte e cultura na cidade. E não podemos esquecer que é essa mesma prefeitura que tenta arrebentar com os espaços culturais independentes, como foi o caso que aconteceu no ano passado no espaço CICAS, quando a prefeitura tentou fechar um dos únicos espaços culturais da Vila Sabrina. Sim, nos últimos dois anos trabalhamos com esta mesma prefeitura por meio do programa VAI. E justamente por isso seguimos com nossas críticas. Apesar de repassar verba para diversos coletivos culturais que se propõem a trabalhar com a cultura nos bairros periféricos, a verba destinada a cada um destes grupos é insuficiente para que tais iniciativas desenvolvam estruturas maiores de envolvimento com as artes. O período de dez meses e uma escassa verba, que no último ano atingiu o teto de cerca de 22 mil reais, jamais poderá contribuir para a estruturação de um hábito de valorização de iniciativas culturais em localidades há muito excluídas dos grades circuitos culturais contemporâneos e bastante reprimida quando se organizam por si própria em seus projetos independentes e muitas vezes experimentais – que sempre contribuíram para o surgimento e (re)significação de diversas manifestações artísticas. Então não é que não gostemos de um grande “evento cultural”, porém temos que pensar sobre as razões de tal evento e sobre o restante das ações dessa gestão, no caso mais especificamente, em relação a arte e cultura, para não parecer que tudo esta bem, pois como sabemos não esta. Mas mesmo com todos os percalços e contradições estávamos lá para mostrar um pouco do trabalho que fazemos durante todo ano.
O barato começou complicado, pois assim que o primeiro grupo subiu no palco e iniciou sua apresentação acabou o combustível que abastece o gerador de energia e assim que conseguiram arrumar o tal do combustível, o gerador queimou, um bom começo para o Palco de Cultura Periférica não acham? Mas como os grupos de periferia estão acostumados com adversidades muito maiores isso não representou um grande problema, porém isso também não quer dizer que tem que esculachar com o nosso palco né? O problema da energia seguia, porém Samba da Vela e Sarau da Cooperifa deram aula de improviso e fizeram seus trabalhos sem luz mesmo, ali no chão, no meio do povo, estilo nosso, estilo favela e quando terminaram o problema já havia sido solucionado e o Versão Popular conseguiu entrar no palco com tudo “pronto”. Daí pra frente o palco da Sta. Efigênia virou um espaço para o encontro d@s pret@s e periféricos dessa cidade, assim como acontece há muito tempo no centro velho de São Paulo.
Parabéns a todos os grupo e pessoas que passaram por esse palco e desenvolveram seus trabalhos de forma séria, mas sem perder o sorriso no rosto, assim como fazemos o ano todo. Agradecemos a todas as pessoas que tornaram possível a inclusão de tal palco nesse evento, em especial a Gil Marçal pela indicação e esperamos que outros grupos possam participar desse palco em outros anos e assim continuaremos a exercer nossa cidadania, que festeja mas também questina.
Sarau Poesia na Brasa
Sarau Poesia na Brasa Sarau Poesia na Brasa
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Sarau Poesia na Brasa
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Priscila Preta (Capulanas)
Sarau Poesia na Brasa
Olhos Atentos
O Povo
Zinho Trindade E o Legado de Solano
Zinho Trindade E o Legado de Solano
Zinho Trindade E o Legado de Solano
Sarau da Cooperifa
Sarau da Cooperifa
Sarau Suburbano Convicto
Sarau Suburbano Convicto
Sarau Elo da Corrente
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