domingo, 26 de abril de 2009

Sarau Poesia (Esquina Literária) na Brasa
“(...)
Eu quero o sol que é de todos
Quero a vida que é de todos
Ou alcanço tudo o que eu quero
Ou gritarei a noite inteira
Como gritam os vulcões
Como gritam os vendavais
Como grita o mar
E nem a morte terá força
Para me fazer calar.”
(Protesto – Carlos de Assumpção)

A noite de ontem não poderia ser diferente. Foi uma noite de protesto.
Como havíamos anunciado aqui, não faremos mais o Sarau Poesia na Brasa no mesmo local de antigamente. Estamos de mudança! Mudando nosso cotidiano, mudando nossas atitudes, mudando nosso jeito de encarar nossa história, mudando nossa visão sobre a cultura e, por que não, mudando de espaço físico também. Mas algumas coisas não mudam, entre elas a nossa vontade de autonomia, de ser quem realmente somos, de encher de carne, sangue e nervos o esqueleto de nossas idéias. Deixar o espaço em que construímos coletivamente uma nova realidade para a nossa casa não seria muito fácil, pois não se tratava apenas de um bar, mas sim de um local que remontava a lembranças calorosamente forjadas por sorrisos, lágrimas, silêncio, revolta, respeito, palmas e amizade. Assim, não podíamos apenas retirar nossos corpos daquele espaço, era preciso também convidar nossas almas que por 20 vezes se encontraram ali e que já sabiam o caminho do prazeroso compromisso que tinham a cada duas semanas.
As portas fechadas não nos intimidaram. Cada irmã e irmão que chegava pra somar trazia consigo um sentimento difícil de explicar. Aparentemente a maioria deles já sabia que o sarau seria diferente. Quando chegou a hora, reunimos todos em frente ao bar de outrora e juntos atravessamos a rua para mais uma vez criar e ocupar nossos espaços.
Como sempre os tambores chamaram os poetas. E quando percebemos, nossas almas, que achávamos ter que convidar a rumar o novo caminho, já estavam lá nos esperando, pois sempre estão onde estão nossas “palavras de sangue”, nossos “gritos de rebeldia”.
Por uma noite transformamos uma esquina qualquer em uma esquina literária. Aquela anônima esquina abraçou e foi abraçada por cerca de 75 pessoas, mulheres e homens com as mais variadas idades. Sem formalidades apenas explicamos as mudanças e entregamos o novo endereço aos que estavam presentes. Não houve a leitura do manifesto, pois todos entenderam que o manifesto daquela noite era a nossa união diante das adversidades. E assim seguimos manifestando por duas horas, noite adentro, sem ao menos perceber que a nossa volta passavam a todo o momento carros, motos, ônibus e caminhões, já que ouvíamos nitidamente as palavras que ecoavam nas ruas, avenidas, becos e vielas da nossa periferia.
Desde já convidamos a todos pra somar no próximo Sarau Poesia na Brasa, dia 09 de maio, no Bar do Carlita (Rua Prof. Viveiros Raposo, 534 -Próximo à E.E. João Solimeo, Vila Brasilândia)
É Nóis!!!


Vagner explicando o que estava acontecendo


Antonio

Soraia, ao fundo



Leko


As crianças!!!

Michel - Jovem Escritor Paulista


Diego

Felipe

Samanta

Douglas

Michel (Elo da Corrente)

Skoll

Raquel e Yakini (Elo da Corrente)


A galera atenta

Clébio e Elaine


Dimas

Avelino


Amauri

Batento tambor pra encerrar





Carol, Mauro e Clayton

Marcio Folha, Marciano, Michel e Raquel



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