terça-feira, 31 de março de 2009
DIA DE FESTA (COMO SEMPRE)
segunda-feira, 30 de março de 2009
FUNDAÇÃO CASA
Alguns dias atrás fomos visitar o lugar onde o Estado guarda as conseqüências de um sistema insuficiente para a maioria das pessoas, Fundação Casa, ou se preferirem antiga Febem. Mas não fomos só para ver grandes muros e grades de aço, que como vocês devem imaginar tem aos montes. Também não fomos constatar o estado deprimente que o Estado lida com os meninos que supostamente deveriam ser o futuro da nação, mas fomos para acompanhar o amigo poeta Michel Silva, que desenvolve um trabalho com literatura nos lados de lá dos muros nas unidades da Vila Maria. Depois das já esperadas revistas que éramos submetidos a cada portão que passávamos, chegamos à sala de aula, onde os alunos já nos esperavam com certa curiosidade para saber quem eram os novos visitantes. Alguns podem nos chamar de loucos, sonhadores, mas ao ver os rostos daqueles meninos, que o Estado afirma que são perigosos e que devem ser “reeducados”, não conseguimos ver mais do que vítimas desse mesmo Estado, mas seguimos em frente. No primeiro contato parecia que pairava uma situação de total desconfiança, “o que essas pessoas estão fazendo aqui?”, mas depois de cumprimentar um a um, mostrando para eles que realmente os considerávamos como iguais a nós, a situação foi ficando mais “agradável”. Alguns meninos eu já conhecia do sarau rap, que acontece na Ação Educativa, outros dois, “infelizmente” logo se identificaram com a gente, pois eles também eram da Brasilândia. O Michel deu início ao bate papo fazendo as devidas apresentações, daí começamos nossa conversa regada a muita poesia, recitamos nossas poesias e logo os meninos se sentiram um pouco à vontade para também recitarem as deles, e o que vimos acima de tudo foi talento puro, através de seus escritos e desenhos desperdiçados dentro daquele lugar. Mas como nem tudo é tão tranqüilo, nossa conversa era acompanhada de perto, bem da porta, por alguns seguranças da casa e o que deu para ver é que eles estavam de olho na verdade no que os meninos estavam falando, e o que deu para perceber que o que realmente os preocupavam eram as possíveis denúncias que os garotos poderiam fazer. Mas nem toda essa repressão consegue frear a criatividade desses meninos, e mais uma vez a literatura se manifesta em locais onde a Academia Brasileira de Letras nem sonha que ela possa existir, levantando novamente o debate do que é a literatura? Pois entre os muros daquela prisão surgiram versos e prosas das mentes de garotos que nem mesmo terminaram o dito ensino médio, mas são munidos de muita vivência e criatividade. E assim correu nosso breve encontro, porém de grande reflexão acerca do que pode ser feito para que o destino desses meninos possa ser alterado, pelo menos um pouco. Ainda não temos respostas, se é que algum dia teremos, mas continuamos nossos trabalhos, conversando muito com eles para que juntos possamos chegar a um resultado positivo. E nesse mês de abril o Sarau Poesia na Brasa e o Sarau Elo-da-Corrente realizará um encontro dos poetas do lado de cá do muro, com os poetas do lado de lá, com muita conversa e poesia e quem sabe um dia todos possam se encontrar do lado de cá. Força a todos aqueles que acreditam no potencial daqueles meninos.
Valeu Michel pela oportunidade!!!
sexta-feira, 27 de março de 2009
O VAI AGORA É NOSSO !!!!!!!!!!!!!!!
VAI 2009: veja o resultado do processo de seleção
PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO EM 26.03.2009
PROGRAMA VAI 2009
Relação dos projetos aprovados pela Comissão de Avaliação e Propostas do Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais – VAI.
PESSOA FÍSICA
AR 03 Revista Graffiti Poético
AR 17 Re-construindo Nossas Identidades
AR 18 Perna pro Ar
AR 24 Subversos: Revista em Quadrinhos
AR 25 Aroeira Frutos da Música
AR 33 Perifanima
AR 37 Hip-Hop, Praça e Videoclipe
BT 09 I Parada Eletrônica Butantã
BT 19 Som Mozum
BT 21 O Livro na Morada, Vai o Livro Vem a Poesia
BT 30 Bicicloteca: No Meio do Caminho tem um Livro
CCJ 01 Coletivo Cultural Poesia na Brasa
CCJ 02 Povo Brasileiro (da Semente ao PC)
CCJ 04 Histórias e Contos de RPG
CCJ 08 Hip-Hop na Medida
CCJ 39 Descubra seu Estilo
CS 02 2ª Oficina e Mostra Rádio – Visualizar
JA 21 Cavalo Nóia
LA 01 Lixo Arte
LA 09 Realejo - O Lugar que Desejo
LA 25 Em Busca de um Teatro Popular
LA 26 Xiloceasa - Projeto H.P.I
LA 39 Cordel Urbano
LA 44 Herança da Terra
LA 49 Cine Aberto
LA 51 Phone Raps
MB 05 Chorinho por todo Canto
MB 34 Semente de Cultura
PE 15 B.E.C.O - B.boys em Construção Original
PE 18 Cultura na Comunidade - Samba Raiz
PE 31 Levanta Teatro
PE 39 Final de Semana Cultural
PE 43 Casa da Mãe Joana
PE 48 Rádio de Rua
PE 55 Ermelino.net
PE 64 Curta a Imagem na Escola
PE 65 Azu - Painel Histórico de Ermelino Matarazzo
PE 67 Descompan(h)ia Teatral
SA 05 Virada Ambiental
SA 24 Lembranças do Sertão
SA 25 Cultura de Garagem
SA 54 Sarau Gente que Faz
SA 58 Kahani - A Arte de Contar Histórias
SA 59 Rádio Móvel Grajaú
SA 60 Cultura de Paz Também se Aprende na Escola
SA 64 Viva Sempre no Meio
SA 65 CCL - Cine Campo Limpo
SA 69 Batuque na Praça
SA 78 Som 100 Jabá
SMC 003 Produção Suburbana
SMC 006 Espaço Microlhar de Inserção Audiovisual
SMC 011 Linha do Horizonte
SMC 015 Construindo e Resgatando a Capoeira Cultural em Parelheiros
SMC 016 Batuque Arte - Percussão, Canto e Dança
SMC 019 Humor em Quadrinhos do Conj. Encosta Norte
SMC 028 Soul Hip Hop - Rádio konquix
SMC 029 São Paulo Descobre Manuel dos Reis Machado
SMC 033 Identidade: Tambor
SMC 037 Resignificando Estrelas Através da Arte
SMC 043 Asfixia Social - Parte ll
SMC 044 Varzea: o Jogo da Vida
SMC 057 Cidadania Digital e Cultura Tradicional
SMC 058 Cine Teia: Tecendo Imagens
SMC 060 Tenda Literária
SMC 063 RPG e Cultura
SMC 068 Germinação Hip Hop
SMC 073 Atelier Livre
SMC 075 Xadrez sem Muros
SMC 084 Deejayiando e Rimando uma Outra Vida
SMC 085 Cohabitando: Movimentação Cultural da Cohab Taipas
SMC 111 De Repente
SMC 123 Nós na Cena
SMC 133 Resgatando Identidades Culturais
SMC 133a Cicas Grave
SMC 143 Teatro de Grupos
SMC 145 Nossa Tela: Exibições e Produções de Vídeos nas Escolas
SMC 150 Canto Periférico
SMC 154 Vídeo Popular
SMC 158 Arte pra Vida
SMC 163 Café, Pão e Praça - Arte, Cultura e Reflexão
SMC 166 Nóiz
SMC 168 O Beabá do Berimbau
SMC 173 Ler e Contar Qualquer Lugar é Lugar
SMC 175 M.A.R.C.A. na Rua
SMC 190 Visão e Opinião
SMC 194 Diversidade do Teatro Popular
SMC 197 Oficina de Comunicação: da Carta ao Filme
SMC 198 Design de Perifa
SMC 199 Fanzine Catraca: Pede Passagem
SMC 204 Biblioteca Viva
SMC 211 Devolvendo Cultura
SMC 214 Click na Lata e Cia.
PESSOA JURÍDICA
CS 12 Mapa Xilográfico Bela Vista/Bixiga
LA 48 Samba Paulista das Margens
MB 15 Plantando Futuro
PE 14 RAIZ – Resgatando e Difundindo a Cultura Afro-brasileira
PE 38 Amigos da Biblioteca Comunitária da Associação XV de Novembro
SMC 024 Cultura e Dignidade na Comunidade. da Vila Bela
SMC 122 Ginga Muleeke
SMC 184 As Mulheres Negras têm História e as Jovens Negras Estão Aqui para Contar
Os representantes dos projetos aprovados ficam notificados de que devem manifestar expressamente, por escrito, no prazo de 05 (cinco) dias, contados desta publicação, se aceitam participar do Programa, sob pena de, não o fazendo, serem considerados desistentes.
Os projetos não selecionados devem ser retirados no período entre 04 de maio a 03 de junho, na Secretaria Municipal de Cultura – Av São João, 473, 6º andar. Após esse prazo serão encaminhados para reciclagem.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Sarau dos Apaixonados
quinta-feira, 19 de março de 2009
Sarau Elo-Da-Corrente
Saudações guerreiros e guerreiras. Já há algum tempo que estou querendo escrever algo sobre esse assunto, Sarau do Elo-da-Corrente, que acontece todas as quinta feiras às 20:30 no bar do poeta Cláudio Santista em Pirituba. Pois bem, então peço licença para expressar um pouco do que vejo e sinto por lá. Só por existir um sarau permanente e independente em um bar de Pirituba isso por si só já seria uma vitória para os moradores da periferia, mas não é só um sarau, ali naquele pequeno espaço coisas mágicas acontecem, todos deixam a mostra suas emoções, inquietações, por ali amizades foram feitas, outras foram fortalecidas e a periferia se “fortalece no bar do Santista”. Quem comanda a festa é Raquel Almeida e Michel Silva, acompanhados por Douglas, Divino e o anfitrião da casa Cláudio Santista, o esquema é a livre expressão, tudo transmitido para os moradores do bairro pela rádio comunitária, “Urbanos FM”. Mas como já conversamos várias vezes, fazer poesia na periferia e ainda mais dentro de um bar não é tão fácil como parece, dividimos espaço com os freqüentadores do bar, que até então eram levados para lá somente para amenizar um pouco a vida entre uma dose e outra, nos arredores muitos outros trabalhos também acontecem, que só quem é consegue perceber e ter gingado para lidar. Mas é ali mesmo que essa corrente desenvolve seus trabalhos e com esse povo que se constrói cada elo da já forte corrente, propondo outras formas de amenizar a vida, “Ontem litros, hoje livros“. Porém amenizar não é o propósito dessa gente, barreiras mentais são quebradas, injustiças são apontadas, identidade negra é afirmada é a periferia organizada. Poesias tiradas dos becos, que fala das vielas, que desce junto com a água dos morros, que toma tapa da polícia por ser poesia negra, por ser poesia das quebradas, por ser poesia que conta nossa realidade. E o movimento não para dentro do bar, eles ocupam bibliotecas, centros culturais, escolas ruas e praças levando os frutos de suas conquistas transmitidos em livros que eles mesmos escreveram, cravando de vez o punhal no peito da alienação. Axé elo-da-corrente, e que nossa caminhada que se encontrou nesse ano de 2008 ainda seja repleta de conquista para o nosso povo.
terça-feira, 17 de março de 2009
Eles estão investigando
Se liga na matéria que foi publicada no jornal Gazeta Mercantil no dia 13/03/09 sobre os trampos com sarau nas periferias. Quem fez o corre do trampo foi o Rui Mascarenhas. Leiam e digam o que vocês acham...
Literatura em todos os cantos da cidade
São Paulo, 13 de Março de 2009 - Quando o poeta Frederico Barbosa, diretor da Poiesis - Organização Social de Cultura (que administra a Casa das Rosas, a Casa Guilherme de Almeida, o Museu da Língua Portuguesa e o programa São Paulo: Um Estado de Leitores), decidiu mapear os saraus poéticos na Grande São Paulo não imaginava que encontraria pela frente uma infinidade de encontros entre poetas, escritores e amantes das letras. O projeto, batizado de Pontos de Poesia, teve início em fevereiro, e já naquele mês cadastrou 28 saraus.
"O Pontos de Poesia surgiu da percepção dos acontecimentos, do movimento latente desse fenômeno, da necessidade de descentralizar o foco literário espalhando suas possibilidades e riquezas em áreas carentes de literatura", conta Frederico.
A proposta do projeto é, além de mapear os saraus na Grande São Paulo, conhecer o perfil de seus frequentadores, seus diferentes estilos e formatações, a construção temática, a história do próprio local, rico em referências, entendendo suas etapas de formação, para que seja possível desenvolver projetos multiplicadores e iniciativas que promovam a leitura.
"O cadastramento e mapeamento é apenas a ponta do iceberg, e deverá estar devidamente concluído agora, no mês de maio. A partir de então, serão criadas diversas ações localizadas efetivando iniciativas, projetos e propostas multiplicadoras de oportunidades que possam alavancar a produção literária na Grande São Paulo, intensificando os prazeres da leitura", explica o diretor da Poiesis.
Em princípio, o projeto contemplará os saraus que reúnem a comunidade em torno dos diferentes aspectos com os quais a Literatura se estabelece: estimulo à reflexão, leitura, criação de texto e expressão oral - tudo num mesmo lugar, de forma lúdica e descompromissada - elementos que resultam na criação e no aumento da produção literária, como vem sendo constatado.
O trabalho de pesquisa está sob a coordenação do poeta e escritor Rui Mascarenhas, que trabalha como pesquisador e produtor de eventos no programa São Paulo: Um Estado de Leitores (SPEL). De trem, ônibus, carona ou a pé, Mascarenhas se desloca até os saraus e registra cada detalhe com fotos, anotando os dados importantes e gravando depoimentos.
"Primeiro pesquiso onde acontecem esses eventos, em seguida estudo a logística de aproximação e retirada; às vezes em áreas distantes e de complicado acesso, o que possibilita o enorme prazer da aventura, das novas descobertas, do encontro com o inusitado", explica. E confidencia: "Eu acho que estou ficando viciado em saraus. Um atrás do outro, sequência ininterrupta de textos, infinitos estilos, vozes, cantos, pessoas".
Em suas incursões poéticas, o coordenador do projeto Pontos de Poesia observa um novo movimento em prol da literatura. São os sem-letras, sem-livros e sem-voz, que reivindicam expressar suas realidades. Eles buscam as vias da inserção literária, invadem bares e botecos, que antes eram áreas de risco, e hoje compartilham o imaginário e o conhecimento.
É possível também observar o grande número de presentes nesses saraus e o intercâmbio de poetas de diferentes comunidades - a intensa reflexão proposta em torno da atual produção literária paulistana, a diversidade dos temas e estilos apresentados. Num extremo, o manifesto, a busca de uma identidade literária genuinamente periférica composta, intrinsecamente, dos elementos desse cotidiano de exclusão. Do outro, a representação romântica de um universo em crise existencial.
O projeto já registrou, entre outros, o Sarau Poesia na Brasa, em Brasilândia, com a presença de 80 jovens. Criado em julho de 2008, manifesta-se como um movimento cultural de periferia para periferia, abrindo espaço para reflexão, discussão e expressão artística. "Negra, levanta para acordar o dia!", brada Vagner "uma Rocha" Sousa, recitando em agradecido reconhecimento, uma homenagem à batalha da "mãezona" - explosão de todas as guerreiras - ali, silenciosamente orgulhosa - "bendito o fruto" - que ao lado do irmão, Sidnei das Neves, com os cuidados da Taís, organizam tamanha manifestação de congregação e luz.
No canto, ao lado dos que recitam, uma biblioteca se forma (como uma caixa de letras de músicas pedindo acompanhamento). Os livros são emprestados e renovados de sarau em sarau. A meta é atingir, pelo menos, 2.009 títulos esse ano.
Em Campo Limpo, o Sarau do Binho, mesmo em uma segunda-feira chuvosa, no dia 9 de fevereiro, reuniu mais 100 pessoas, de todas as idades. Localizado na altura do número 4.000 da Estrada de Campo Limpo, abriu às 20 horas com um filme: "VídeolênciaR21"; - "60 minutos de reflexão audiovisual proposta por quem vive a periferia". Na cena, o cano de uma arma percorre os corredores da favela.
Teve ainda o lançamento do livro "Lágrima Terra", de Daniel Fagundes, em co-autoria com André Luiz Pereira. "Inacreditável que em plena segunda feira - céu em prantos - risco de enchente, distante quebrada do Campo Limpo - estivessem reunidas tantas pessoas em busca de qualquer coisa incomum", diz Mascarenhas.
quarta-feira, 4 de março de 2009
Saudações quebrada peço licença para esclarecer, ou complicar ainda mais, algumas dúvidas que aparecem no dia a dia do movimento. Sarau Poesia na Brasa, MOVIMENTO CULTURAL DE PERIFERIA PARA PERIFERIA, é isso que somos, um movimento, e se existimos, como qualquer outro movimento, existimos para exigir que ações concretas em favor de espaços e ações relacionadas à arte e cultura aconteçam nas quebradas. Mas o Sarau Poesia na Brasa, assim como outros movimentos, se cansou de ficar somente reclamando e exigindo dos governos para que tomassem atitude, e fomos além, nós mesmos estamos fazendo por nós mesmos. Somos um movimento iniciando nossa caminhada, então os erros e as dúvidas serão constantes, temos o tempo todo que parar e rever nossas ações. Os dias de sarau são dias de festa, de confraternização da periferia, mas não somente isso, a cada dia de sarau a periferia da um tapa da cara na mesmice, da uma surra naqueles que sempre desacreditaram da nossa força. A periferia sempre foi vista pelas elites como lugar de esconderijo de bandido, traficante etc... eles até representam isso nas suas novelas, e pelos governos sempre fomos vistos como problema, só somos vistos como solução em época de eleição. O único braço do Estado que funciona dentro das periferias é a força de repressão através da polícia, então já esta mais do que claro que ou a periferia se une e se organiza em favor de sua própria melhoria, ou então estamos fadados a morrermos de forma violenta como sempre morremos, seja no tráfico, seja nas filas de hospitais, seja nas enchentes etc... O movimento propõe através do sarau o exercício da expressão, mas também o exercício que tanto temos dificuldade, que é o de ouvir o que o outro do nosso lado tem a nos falar, e dessa forma fazermos uma real reflexão da nossa situação, para assim podermos pensar de forma coletiva meios de melhoria da quebrada. Sabemos que arte e cultura nunca encheram nossas barrigas, nunca pagou nossas contas, sabemos que não é só arte que irá alterar nossas relações sociais, mas propomos a reflexão de nossa situação social através da arte. Força para todos aquele que ainda acreditam que uma mudança é possível e trabalham para isso, e todos aqueles que acreditam, ‘que eu me organizando eu posso desorganizar”.
Axé!
segunda-feira, 2 de março de 2009
Mais uma noite de festa, mais uma noite de lançamento de livro “Prosas de Boteco” de Cláudio Santista de Paulinho Bispo do sarau Elo da Corrente. Noite quente, noite linda com o povo lindo deixando suas emoções a mostra. Mais uma vez a casa estava lotada,mais uma vez não cabia mais ninguém dentro do bar, cada vez mais o sentimento que esta se construindo é de família. Amigos antigos se reunindo novamente, amigos novos aparecendo e a festa cada vez mais bonita. O lançamento do livro é uma puta vitória para os autores, mas com certeza não só pra eles, e sim pra todas as periferias, pois não éramos nós que não gostávamos de ler? Então ta aí a prova do contrário, gostamos sim de ler e também de escrever, e fazemos nossos lançamentos junto com o nosso povo, no seio da nossa mãe periferia, e que a elite trema a cada novo sarau, a cada novo livro lançado e como diz o poeta é tudo nosso.
Axé para todos e dia 14 tem mais.