sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

AXÉ PRA NÓIS

Mais um ano se passou e o Sarau Poesia na Brasa se mantém de pé, com muita raça, algumas lágrimas e sempre que possível com o sorriso estampado no rosto.
O ano começou com algumas rupturas, que a princípio desorganizaram um pouco nosso coletivo, mas logo os problemas foram superados e caminhada seguiu mais forte do que nunca. Logo na sequência tivemos o “primeiro” desafio do ano, lançar nossa terceira antologia, 9º livro, sem nenhum tipo de financiamento e mais uma vez tivemos a prova que o Sarau Poesia na Brasa não pertence a um pequeno grupo, mas sim a uma comunidade, pois em pouco tempo o dinheiro necessário havia sido levantado, graças a muita criatividade e coletividade. Nosso livro foi recebido em uma linda festa, que além de comemorar a chegada de mais esse filho, também celebrou o nosso 3º aniversário, que diga-se de passagem foi a melhor festa feita pelo Sarau da Brasa e é claro, com a ajuda dos parceiro da Rede VIVA PERIFERIA VIVA.
Passada a festa seguimos adiante, pois ainda havia muito trabalho a ser feito.
Alguns coletivos que tiveram seus trabalhos aprovados junto ao VAI escolheram nossa casa para realizarem suas atividades, o que fortaleceu ainda mais nossa programação cultural, transformando de vez o Bar do Carlita em nosso Quilombo Cultural. Rolou teatro, circo, música, cinema, debates e muita, muita poesia.
Com mais freqüência do que nos outros anos, os trabalhos do nosso Coletivo não ficaram somente dentro do Bar, tivemos a oportunidade de comungar da palavra em vários espaços, Virada Cultural, Escolas, Centros Culturais, Ruas, Becos, Vielas, outros Saraus, Unidades da Fundação Casa, Presídios, Universidades, SESC etc... Todos esses trabalhos nos deram muito prazer em realizá-los, porém teve um ao qual nos dedicamos de maneira especial, que foram as atividades junto as crianças do Abrigo Casa das Expedições. Nesse espaço, ao longo do ano pudemos realizar saraus, encontros com o autor, organizar espetáculos de teatro e circo e também oficinas de leitura e expressão literária, que acreditem ou não aconteceram aos sábados de manhã, com um grupo de crianças ansiosas por desvendarem os segredos da pão-lavra. Essas oficinas tiveram com resultado material o livro “Somos Todos Iguais”, obra composta por poesias das crianças e de alguns poetas escolhidos por elas, coisa linda.
Para tod@s nós esse foi um ano de muitas conquistas, porém de muita resistência, vários espaços culturais pelas quebradas tiveram suas atividades ameaças pelo poder público, por exemplo, CICAS, Quilombaque e Sarau da Brasa, que durante 2011 tiveram que travar severas batalhas contra a Prefeitura de São Paulo, para que suas portas não fossem fechadas. Mas isso não foi novidade, pois sabemos que quanto mais avançarmos, mais o inimigo mostrará sua cara.
Um salve para tod@s que trabalharam para a construção de uma periferia melhor de se viver, Sarau da Ademar, Sarau do Binho, Sarau da Cooperifa, Sarau Elo da Corrente, Sarau Perifatividade, Sarau Suburbano Convicto, Sarau do Ciclo Palmarino, Sarau dos Mesquiteiros, Sarau da Vila Fundão, Sarau Bem Black, Sinfonia de Cães, Umojá, Ciclo Contínuo de Literatura, Quilombaque, CICAS, Projeto Espremedor, Espaço Cultural Sambaqui, Literatura Andante, Quilombrasa, Dee Jay Edimilson, Espaço do Morro, Esquina da Memória, Capulanas, Esperança Garcia, Trupe Liuds, Quintal Cultural, Banca Subterrâneo, Mutirão Cultural Na Quebrada, Mães de Maio, Força Ativa, Projeto Marginaliaria, Du Lixo, Fabrica de Gênios, Girandolá, Informativo Oxê, Rede VIVA PERIFERIA VIVA, Edições Toró, Espaço Clariô, Ballet Afro Koteban, MHDR, Tenda Literária, Coletivo Griots ... tantos grupos e pessoas pelas quebradas do mundaréu que fica difícil de citar, mas quem tá no corre sabe que o salve também é pra você. Axé e que venha 2012

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