tag:blogger.com,1999:blog-4500963930074432083.post7059132663774937528..comments2023-10-22T12:17:30.644-03:00Comments on Sarau Poesia na Brasa: CARLOS DE ASSUMPÇÃO - TAMBORES DA NOITEUnknownnoreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-4500963930074432083.post-74404448774675595432014-06-02T09:14:55.086-03:002014-06-02T09:14:55.086-03:002º)
Poema. Protesto de Carlos de Assunpção
Mes...2º)<br />Poema. Protesto de Carlos de Assunpção <br /><br />Mesmo que voltem as costas<br />Às minhas palavras de fogo<br />Não pararei de gritar<br />Não pararei<br />Não pararei de gritar<br /><br />Senhores<br />Eu fui enviado ao mundo<br />Para protestar<br />Mentiras ouropéis nada<br />Nada me fará calar<br /><br />Senhores<br />Atrás do muro da noite<br />Sem que ninguém o perceba<br />Muitos dos meus ancestrais<br />Já mortos há muito tempo<br />Reúnem-se em minha casa<br />E nos pomos a conversar<br />Sobre coisas amargas<br />Sobre grilhões e correntes<br />Que no passado eram visíveis<br />Sobre grilhões e correntes<br />Que no presente são invisíveis<br />Invisíveis mas existentes<br />Nos braços no pensamento<br />Nos passos nos sonhos na vida<br />De cada um dos que vivem<br />Juntos comigo enjeitados da Pátria<br /><br />Senhores<br />O sangue dos meus avós<br />Que corre nas minhas veias<br />São gritos de rebeldia<br /><br />Um dia talvez alguém perguntará<br />Comovido ante meu sofrimento<br />Quem é que esta gritando<br />Quem é que lamenta assim<br />Quem é<br /><br />E eu responderei<br />Sou eu irmão<br />Irmão tu me desconheces<br />Sou eu aquele que se tornara<br />Vitima dos homens<br />Sou eu aquele que sendo homem<br />Foi vendido pelos homens<br />Em leilões em praça pública<br />Que foi vendido ou trocado<br />Como instrumento qualquer<br />Sou eu aquele que plantara<br />Os canaviais e cafezais<br />E os regou com suor e sangue<br />Aquele que sustentou<br />Sobre os ombros negros e fortes<br />O progresso do País<br />O que sofrera mil torturas<br />O que chorara inutilmente<br />O que dera tudo o que tinha<br />E hoje em dia não tem nada<br />Mas hoje grito não é<br />Pelo que já se passou<br />Que se passou é passado<br />Meu coração já perdoou<br />Hoje grito meu irmão<br />É porque depois de tudo<br />A justiça não chegou<br /><br />Sou eu quem grita sou eu<br />O enganado no passado<br />Preterido no presente<br />Sou eu quem grita sou eu<br />Sou eu meu irmão aquele<br />Que viveu na prisão<br />Que trabalhou na prisão<br />Que sofreu na prisão<br />Para que fosse construído<br />O alicerce da nação<br />O alicerce da nação<br />Tem as pedras dos meus braços<br />Tem a cal das minhas lágrima<br />Por isso a nação é triste<br />É muito grande mas triste<br />É entre tanta gente triste<br />Irmão sou eu o mais triste<br /><br />A minha história é contada<br />Com tintas de amargura<br />Um dia sob ovações e rosas de alegria<br />Jogaram-me de repente<br />Da prisão em que me achava<br />Para uma prisão mais ampla<br />Foi um cavalo de Tróia<br />A liberdade que me deram<br />Havia serpentes futuras<br />Sob o manto do entusiasmo<br />Um dia jogaram-me de repente<br />Como bagaços de cana<br />Como palhas de café<br />Como coisa imprestável<br />Que não servia mais pra nada<br />Um dia jogaram-me de repente<br />Nas sarjetas da rua do desamparo<br />Sob ovações e rosas de alegria<br /><br />Sempre sonhara com a liberdade<br />Mas a liberdade que me deram<br />Foi mais ilusão que liberdade<br /><br />Irmão sou eu quem grita<br />Eu tenho fortes razões<br />Irmão sou eu quem grita<br />Tenho mais necessidade<br />De gritar que de respirar<br />Mas irmão fica sabendo<br />Piedade não é o que eu quero<br />Piedade não me interessa<br />Os fracos pedem piedade<br />Eu quero coisa melhor<br />Eu não quero mais viver<br />No porão da sociedade<br />Não quero ser marginal<br />Quero entrar em toda parte<br />Quero ser bem recebido<br />Basta de humilhações<br />Minh'alma já está cansada<br />Eu quero o sol que é de todos<br />Ou alcanço tudo o que eu quero<br />Ou gritarei a noite inteira<br />Como gritam os vulcões<br />Como gritam os vendavais<br />Como grita o mar<br />E nem a morte terá força<br />Para me fazer calar.<br />Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970 – <br /> quilombonnq@bol.com.br<br />Jama Libyahttps://www.blogger.com/profile/17136018126958400071noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4500963930074432083.post-14749135206983738842014-06-02T09:13:45.434-03:002014-06-02T09:13:45.434-03:001º)CARLOS DE ASSUMPÇÃO – O maior poeta negro da hi...1º)CARLOS DE ASSUMPÇÃO – O maior poeta negro da historia do Brasil autor do poema o PROTESTO Hino Nacional da luta da Consciência Negra Afro-brasileira, em celebração completou 87 anos de vida. CARLOS DE ASSUMPÇÃO nasceu 23 de maio de 1927 em Tiete-SP na sexta feira passada completou 87 anos de vida com sua família, amigos e nós da ORGANIZAÇÃO NEGRA NACIONAL QUILOMBO O. N. N. Q. FUNDADO 20/11/1970 (E diversas entidades e admiradores parabenizam o aniversario de 87 anos do mestre poeta negro Carlos Assumpção) tivemos a honra orgulho e satisfação de ligar para a histórica pessoa desejando felicidades, saúde e agradecer a Carlos de Assunpção pela sua obra gigante, em especial o poema o Protesto que para muitos é o maior e o mais significante poema dos afros brasileiros o Hino Nacional dos negros. “O Protesto” é o poema mais emblemático dos Afros Brasileiros e uns das América Negra, a escravidão em sua dor e as cicatrizes contemporâneas da inconsciência pragmática da alta sociedade permanente perversa no Poema “O Protesto” foi lançado 1958, na alegria do Brasil campeão de futebol, mas havia impropriedades e povo brasileiro era mal condicionado e hoje na Copa Mundial de Futebol no Brasil 2014 o poema “O Protesto” de Carlos de Assunpção está mais vivo com o povo na revolução para (Queda da Bas. Brasil.tilha) as manifestações reivindicatórias por justiça social econômica do povo brasileiro que desperta na reflexão do vivo protesto.<br />O mestre Milton Santos dizia os versos do Protesto e o discurso de Martin Luther King, Jr. em Washington, D.C., a capital dos Estados Unidos da América, em 28 de Agosto de 1963, após a Marcha para Washington. «I have a Dream» (Eu tenho um sonho) foram os dois maiores clamores pela liberdade, direitos, paz e justiça dos afros americanos. São centenas de jornalistas, críticos e intelectuais do Brasil e de todo mundo que elogia a (O Protesto) (Manifestação que é negra essência poderosa na transformação dos ideais do povo) obra enaltece com eloquência o divisor de águas inquestionável do racismo e cordialidade vigente do Brasil Mas a ditadura e o monopólio da mídia e manipulação das elites que dominam o Brasil censuram o poema Protesto de Carlos de Assunpção que é nosso protesto histórico e renasce e manifesta e congregam os negros e todos os oprimidos, injustiçados desta nação que faz a Copa do Mundo gastando bilhões para uma ilusão de um mês que poderá ser triste ou alegre para o povo brasileiro este mesmo que às vezes não tem ou economiza centavos para as necessidades básicas e até para sua sobrevivência e dos seus. No Brasil<br />.<br />Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970 – <br /> quilombonnq@bol.com.brJama Libyahttps://www.blogger.com/profile/17136018126958400071noreply@blogger.com